Jogos dos servidores da ufopa 2024

 CAMPEONATO DE FUTEBOL SOCIETY DA UFOPA 2024

SEMIFINAIS

O primeiro confronto da noite: o desafiado MADEIRÃO X BMT

Por Jabert Diniz Júnior

Santarém, Pa 

E na noite do dia 05 de novembro de 2024, foram realizadas as semifinais do Campeonato de Futebol Society. Numa disputa acirrada, com uma rivalidade cada vez mais acentuada, as equipes vieram com praticamente todos os seus atletas, na esperança de vitórias para tentarem a disputa do título que será realizada no dia 08 de novembro de 2024.

E o primeiro jogo foi uma disputa eletrizante, como todos já esperavam. E havia fortes razões para isso, já que na última rodada aconteceram alguns fatos que acirraram os ânimos dos atletas da equipe do Madeirão. 

Na rodada passada, a equipe do Rondon, já eliminada das semifinais - pois, inacreditavelmente, não venceu um jogo sequer no campeonato - não compareceu para realizar seu último jogo. Até aí, tudo certo, já que esta equipe só iria cumprir tabela. O adversário,no entanto, entraria em campo e ganharia o jogo por WO e somaria mais três pontos na tabela.

Acontece que, numa articulação entre seus atletas, o BMT resolveu não entrar em campo também. A razão para isso era porque eles decidiram, com essa atitude, escolher o Madeirão, como adversário, já que, não entrando em campo, não somariam pontos, ficando em quarto colocado, e enfrentariam o primeiro colocado, o Madeirão. 

Ninguém entendeu essa estratégia. Preferiam enfrentar a melhor equipe do campeonato? Enfim, coisas do futebol.

Tal atitude do BMT parece ter mexido com os brios dos atletas do Madeirão, que vieram decididos a  mostrar que eles tinham tomado a decisão errada.

Antes da partida começar, "Pai Zair" até profetizou, de forma confidencial: "Vai ter onda nessa partida, vai ter muita treta e até expulsão, tu vai ver só!". E Zair, de fato, estava correto em sua previsão. Mas não porque ele detém um poder paranormal - embora até o tenha -, mas porque, além de ele ser esposo da repórter deste blog, Cleia Tavares, e por isso, ter tido acesso a informações privilegiadas, ele é muito entrosado com a galera do Madeirão, especialmente com o ex-Diretor de Cultura da PROCCE, o professor doutor Alan Augusto Moraes Ribeiro, o brigão.

E as Semifinais de um dos campeonatos mais disputados da Ufopa - à exceção da pobre equipe do Rondon, naturalmente - teve dois jogos,  no mínimo, inusitados.

O primeiro jogo, Madeirão x BMT, começou como o professor Zair predisse, disputado, com marcação colada e muitas faltas cometidas de ambas as equipes, mas também com gols, muitos gols e gols bem no início do jogo.

Logo aos dois minutos, numa falta em Alan, no meio de campo, Marcos Neres bateu com maestria no ângulo de PareJohn. Uma bola realmente indefensável, que nem mesmo Chales "Jardim" ou o John do Botafogo pegariam. Um golaço do meio do campo, um a zero para o Madeirão. "- Ih, rapá, será que o BMT fez a escolha errada?', alguém perguntou, do lado de fora. 

Só que não. Aos cinco minutos e trinta e dois segundos, falta para o BMT na cabeça da área e, na cobrança, Theylo solta o pertardo sem chance para o "furacão" Milton, empatando o jogo.

Francisco Júnior, depois de um bate rebate, após uma outra falta, aos dez minutos faz o segundo do BMT. E logo em seguida, aos onze minutos, faz outro.

Aos dezessete minutos e cinco segundos, Theylo, num chutaço, marca seu segundo no jogo, o quarto do BMT. Nesse momento, um dos atletas do BMT que estavam no banco, respirou, aliviado, falando: "Ufa, parece que acertamos na opção de pegar o Madeirão logo nessas semi!". Eu, hein, pegar o Madeirão?!

É, meus amigos, mas o Madeirão ainda não tinha amolecido completamente não. Aos dezoito minutos e trinta segundos, Marcos Neres, um dos craques da equipe, faz o segundo do Madeirão. Golaço, no angulo de PareJohn, que ainda tentou tirar.... mas só com o olho,  porque essa bola não dava nem para Léo Jardim. Final do primeiro tempo Madeirão 2 X 4 BMT.

Refeitas as estratégias durante o breve intervalo, ambas as equipes vieram determinadas para o segundo tempo. 

Alan, mais enfezado que nunca, fez uma fortíssima falta em Theylo, isso a um minuto de jogo. John quase desmaiou nessa hora quando viu seu melhor jogador rolando no chão. Nesse momento o jogo foi parado para atendimento do atleta, que ficou estirado no chão. "Tá lá um corpo estendido no chão", diria Januário de Oliveira. Em seguida, no retorno, Alan, de novo, fez uma falta brutal em Paulo "Cintura". Falta para cartão vermelho, mas que ficou barato para o ex-diretor de Cultura e Comunidade da PROCCE, que levou apenas o amarelo, se justificando pro árbitro: "Fui só na bola, professor, fui só na bola...!".

A canela de "Cintura", após o jogo. "A bola", segundo Alan. 

Aos dois minutos de jogo do segundo tempo, no entanto, Bruno Meireles recebe um belo lançamento e, de voleio, faz um golaço, diminuindo a diferença no placar. 

Gleidson Vegetti não deixou  barato e, em seguida, marcou o quinto gol do BMT, deixando o placar, nesse momento, assim: Madeirão 3 x 5 BMT.

E a bola não parava um instante, num jogo que quem quem estava assistindo não podia nem piscar senão perdia de ver uma bela jogada.

Daí, aos cinco minutos e quarenta e três segundos, Bruno Meireles faz mais um belo gol, encostando novamente no placar. E aos nove minutos e cinquenta segundos, Bruno, novamente ele, numa pintura, empata o jogo com um belíssimo gol,  num lance parecido com o anterior. Bruno recebe um excelente lançamento e, de voleio, quase uma bicicleta, marca o seu terceiro gol no jogo e o décimo quinto no campeonato, uma pintura. Bruno, um dos principais artilheiros do campeonato.

Jogo empatado em 5 x 5, Ubiraelson estava elouquecido do lado de fora, gritava muito: "Eles já estão com cinco faltas,  baralho, eles já estão com cinco faltas! Se eles fizerem mais uma é tiro direto!". Mas ainda tava na quarta falta. E quando o seu time sofre mais uma falta forte, Bira, que desde a terceira rodada deste campeonato já estava sem sua tradicional barba "moda Bin Laden", entrou em campo, peitando e encarando o infrator e gritando: "Tu é doido, baralho? Tá maluco, Borra, quer quebrar meu jogador, seu borra...?" O atleta também encarou Bira, que mais bravo ainda, quase encostando seu nariz no do seu oponente, continuou a gritar: "Borra, baralho, eu sou irmão da reitora, doido, eu sou irmão da reitora? Tu é doido, baralho?...". Nisso, o árbitro, energicamente, interveio e deu cartão amarelo para Bira, advertindo-o que, se ele ultrapassasse a sua área novamente, ele seria expulso. Ainda muito revoltado, Ubiraelson de Lima Ruela, o irmão da Reitora, um professor do ICED, Mestre em Matemática, voltou para o banco de reservas.

 

O aparentemente tranquilo Ubiraelson Ruela, o irmão da Reitora.

Na retomada do jogo, o furacão Milton, do Madeirão, ainda fez uma defesaça de uma bola que ia morrer no cantinho. Do outro lado, uma perigosa bola de Bruno "ex-ai ai" parou nas mãos de "El PareJohn".

Quando o jogo já se encaminhava para uma possível prorrogação, o que Bira tanto desejou, aconteceu. Aos dezenove minutos e quinze seguntos, a sexta falta para o BMT. Bira endoidou de vez: "É agora, borra, é agora, baralho, eu sou irmão da reitora, baralho!". E o artilheiro do time, Theylo, a contratação mais feliz do goleiro John, foi para a cobrança e, num chutaço, marcou o seu gol de número dezoito no campeonato, assumindo a artilharia isolada, levando o BMT para a disputa do título. O goleiro "furacão" Milton, nem com o olho, conseguiu acompanhar a trajetória da bola. E o goleiro do BMT "El Parejohn" pulava de tanta alegria com o gol do seu artilheiro mor, a sua melhor contratação, e gritava: "Theylo é meu jogador, vamos ser campeão, borra! Chupa, Daniel!".

E não houve tempo pra mais nada. Final de jogo: Madeirão 5 x 6 BMT, um jogaço de bola. O BMT, que desde o início, era considerado uma das equipes cotadas para ser a campeã, confirmou seu favoritismo e vai disputar o título do campeonato no dia 08 de novembro, sexta-feira próxima com a equipe do NTB, que venceu o segundo jogo das semi.

Conversamos com alguns personagens do jogo. Perguntamos ao professor dr. Alan encrenqueiro, digo, Ribeiro, por que cometera tantas faltas fortes nesse jogo, correndo o risco de ser expulso. Alan, muito cansado ainda, respondeu: "Eles fizeram aquela presepada de não entrar em campo naquele jogo com o Rondon, escolhendo a gente como adversário nas semifinais, subestimando nossa equipe. Aí eu mostrei pra eles que jogar com o Madeirão é dureza. E digo mais, eu carreguei esse Madeirão nas costas, eu e o  professor Roberval! Sem mim, o campeonato não tem graça rá rá!". E quando, estávamos terminando a entrevista, Bira passou por trás de Alan e gritou: "Sou irmão da reitora, borra...! Roberval, também falou com a reportagem: "Tô feliz com esse campeonato. Não levei tanto ralho do Alan, como da outra vez, do Enéias!".

Os professores Roberval e Alan:
"Carregamos o Madeirão nas costas".


Segundo jogo


O que dizer do segundo jogo, depois de ter assistido ao espetáculo anterior? Posso antecipar que foi um passeio do NTB. Isso mesmo, o Fazendão, um time que empolgou no início do campeonato, entrou nesta seminal um tanto quanto apático. E olha que, a exemplo do NTB, estava com sua equipe praticamente completa. Será que o goleiro Bruno fez falta nesse jogo? Será que o fato de Williams não ter atuado, embora estivesse presente, foi determinante para um jogo tão abaixo do potencial da equipe? Será que a sina de Márcio Moda interferiu?

Há vários questionamentos que, possivelmente, os atletas do Fazendão se fizeram ao passarem a noite em claro, depois de tamanha taca que levaram.

A verdade é que o NTB, de Charles "Jardim", Carlos Macarrão, Maike Kumaruara, Zair Henrique e a sua mais recente contratação que substituiu o xerifão Enéias, Eric Braga, não tomou conhecimento do Fazendão, já que não tinha nada a ver com os possíveis problemas do adversário.

Segundo "Pai Zair", há muitas superstições e mitos envolvendo a equipe do Fazendão. Primeiro, sabe-se, ou diz-se, ou supõe-se, sei lá o quê, que Williams, o capitão do Fazendão, sempre amarela em uma final. Certo, mas espera aí, não era final ainda. Exatamente, não era uma final, ainda. Então, o que houve com o Williams? Há algumas especulações e até a versão dele próprio para explicar sua ausência em campo. Segundo confidenciou, ele se encontrava com um estiramento no músculo anterior da coxa. Mas há quem afirme que ele amarelou mesmo. Particularmente, acreditamos que ele estava de fato contundido.

Ainda, segundo Zair Henrique, há uma outra sina na equipe do Fazendão. Márcio Figueroa, o Márcio Moda, que disputa esse campeonato desde 2015, inacreditavelmente, nunca foi campeão, ainda que sendo o excelente e experiente jogador que é. Então já se estigmatizou que se jogar do lado dele, já sabe que não vai ser campeão. Ah, meu Deus, é muita coisa pra um time só!

Bem, vamos tentar lembrar como foi esse jogo, então. O Fazendão, no início do jogo, parecia que iria vender caro a vaga para a disputa do título, pois logo aos dois minutos e trinta e cinco segundos de jogo, o artilheiro da equipe, o professor doutorando do IFPA, Anderson Pereira Bentes, o cunhado do Charles, marcou o primeiro, se mantendo no páreo da artilharia do campeonato.

É, mas não demorou para o NTB empatar com um gol do ex-ginasta, professor de Estatística, com doutorado em Biometria, Denisson Célio de Oliveira Carvalho do IFII. É verdade que foi um belo de um frango que o meu amigo Rildson engoliu. Ô professor Rildson, você foi contratato a peso de ouro, meu garoto!

E aos cinco minutos e trinta e dois segundos, de novo, o ginasta que era a menina dos olhos do professor Osvaldo, da Escola Superior de Educação Física/UEPA/Belém, marca o segundo do NTB, depois de roubar a bola de Valkir, virando o jogo. Rildson ainda defendeu o primeiro chute, mas no rebote o professor Denisson não perdoou.

Numa cobrança de escanteio feita por Márcio José, Anderson, se antecipa e marca o segundo dele e o segundo do Fazendão, empatando o jogo novamente. Isso, aos sete minutos e trinta e nove segundos.

Aos dezesseis minutos, Macarrão, o craque do NTB, marca um golaço de longe, um balaço, indefensável para Rildson, o terceiro do NTB. Esquenta não, Rildson, essa nem PareJohn pegava. E logo em seguida, num bate-rebate, Macarrão marca mais um. Não perca a conta, amigo, Até aqui, Fazendão 2 X 4 NTB.

Aos dezenove minutos e dez segundos, outro cracasso do NTB, o contador lotado na CBP/PROAD, Ronny Willian Lopes Pereira, marca o seu primeiro da noite. 

E no segundo tempo, após o intervalo, só deu Ronny. Apático como estava o Fazendão, sem o seu principal jogador, o analista de TI do CTIC, Williams Sousa dos Reis, que, segundo corria o boato nos bastidores, já tinha amarelado antes da final, o NTB já passeava em campo. Até mesmo o professor do IFPA, Anderson, o cunhado do goleiro Charles Jardim, o artilheiro do Fazendão, um dos caras que botava o time pra cima, nessa noite, apesar dos dois gols marcados, estava mais caladão.

Mas Ronny não tinha nada a ver com isso, e aos nove minutos e dez segundos do segundo tempo,  marca mais um pro NTB, fazendo 6 a 2. E aos dezessete minutos, fecha a conta, marcando mais um, encostando de vez na disputa pela artilharia, chegando a 17 gols, atrás apenas de Theylo do BMT, com 18 gols. Final de jogo: FAZENDÃO 2 X 7 NTB.

Após uma noite espetacular de futebol bem jogado no Complexo Eportivo Madeirão da Ufopa, bem disputado e, perceptivelmente com uma maior rivalidade, conversamos com o Coordenador da CEL, Jonnes Santos Farias Pedroso sobre esse fenômeno. E Pedroso, que sempre nos atende com muita cordialidade e tem uma capacidade enorme de análise dos eventos esportivos da Instituição, falou à reportagem: "Acredito que tem alguns fatores relevantes para tão acirrada disputa este ano. Dentre eles, um é que agora está havendo uma identidade das equipes, já desde o ano passado. Outro fator, acredito, é a participação dos nossos parceiros terceirizados que, para nossa grata surpresa, são excelentes atletas de futebol. Isso deu um up grade no campeonato, elevando o nível de jogo, que já era muito bom, diga-se de passagem. E acrescento a esse último fator, uma consequência positiva no relacionamento de trabalho, pois a gente passa a ver esses parceiros com outros olhos, passa a prestar mais atenção neles e em suas atribuições dentro da Instituição. Por outro lado, acredito que a recíproca é verdadeira, eles passam a nos ver como colegas de trabalho".

E quando já estávamos encerrando essa entrevista, ainda escutamos, mais uma vez, meio que de longe, um grito: "Sou irmão da Reitora, baralho!".


Resultado das Semifinais e Finalistas


Artilharia do Campeonato


Flashes

Parte da equipe do Fazendão, aguardando a hora.

O goleiraço Chales "Jardim". Será que, novamente, vai ser eleito o melhor goleiro do campeonato?

O artilheiro do Fazendão. professor do IFPA, Anderson Pereira Bentes. "Vou até o fim, atrás dessa artilharia!"


O Craque Macarrão e o substituto do Xerife Enéias, Eric Braga. Uma substituição à altura.

O implacável Valkir Santos da Silva, Diretor de Sistemas Institucionais do CTIC.

Longe de Pooh, Cristovam, o Coordenador de Redes do CTIC, concertezamente, parecia bem confiante e tranquilo. 

Fernando: o cara que comanda a arbitragem. 



O Zagueirão do Madeirão, o analista de TI do CTIC, André Chaves. Um gigante na zaga e na área de transportes fluviais na linha Santarém/Alenquer

O coordenador da CEL, Jonnes Pedroso e o professor doutor em Educação,  Zair Henrique, o esposo da Cleia.

Jonnes Pedroso e Jabert Diniz com o árbitro Flávio


Um dos craques do BMT, Francisco Júnior


Nota do autor: Essa crônica é romanceada, o que significa dizer que algumas coisas aqui escritas são ficção e tem como único propósito florear o texto, dando-lhe um caráter lúdico, com o intuito de divertir o leitor.

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Comentários

  1. Desde o ano passado acompanhando suas resenhas. Sempre excelentes e divertidas. Parabéns!!!

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  2. Obrigado, professor Denisson. A sua participação no nosso campeonato de servidores só enriquece nossa brincadeira.

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