A final do Campeonato de peladeiros da Ufopa 2023
CRÔNICA ESPORTIVA 7 a grande final
RACING CLUB - CAMPEÃO DO I CAMPEONATO DE PELADEIROS DA UFOPA
Da
esquerda para a direita, em pé: Daniel, John Lucas, Alex Cabral, Wesley, Jander e Gleidson agachados: Rony, Flávio Nicareta, Josecley, Arysson e Jardel (goleiro).
Por: Jabert Diniz Júnior
Uma Crônica Esportiva divertida e um tiquinho “distorcida” dos jogos do I Campeonato 2023 de Fut7 dos servidores da Ufopa, RODADA 7, a FINAL.
Edição 7, 22 de Maio de 2023
É campeão! É campeão! É campeão! Assim o Racing comemorou a final do I Campeonato de Peladeiros da Ufopa, campeonato que, ao final, foi, merecidamente, denominado de JOSÉ SOUSA SANTOS, em homenagem ao pai do servidor mais querido da Ufopa, Marcos Vinício Lisboa Santos (o Kadete), que nos deixou durante o andamento do evento.
Mas, antes de contar a história da decisão que definiu o campeão da competição, vamos a um breve resumo da disputa do terceiro lugar entre as equipes do Boca Juniors e River Plate. E as duas equipes vieram motivadas para esse jogo, proporcionando um belo espetáculo para a torcida que já começava a lotar as arquibancadas.
Num jogo tão pegado, no qual o atleta Danilo do Boca Juniors, o cara dos Diplomas da Instituição, até teve os beiços arrebentados num acidente de jogo, precisando inclusive de atendimento do mais eficiente enfermeiro da Ufopa, o performático Fábio Lima, e, no dia seguinte, até levar pontos, o Boca Juniors venceu o River Plate de 6 x 3, com gols de Glemisson (3), Adriano, Danilo e Haroldo, um cada. Sendo os gols do River de Alex Santos (2) e Thiago (1). E, logo em seguida a esse jogo, de apenas trinta minutos, dois tempos de quinze, o palco estava armado para o jogo principal da noite, a disputa do campeonato entre Independiente e Racing.
E a grande decisão foi uma festa. Teve, finalmente, a filmagem de Richard Caio Silva Rego, teve narração do narrador padrão Garga sh..., digo, SporTV, Ronnie Dantas, teve a presença maciça da torcida, e teve a emocionante homenagem ao seu JOSÉ SOUSA SANTOS, pai do nosso colega de trabalho, Kadete. E ainda, ao final, além da premiação aos vencedores, teve brindes doados a alguns atores deste espetáculo, ofertados pelos patrocinadores deste BLOG. Tudo isso abrilhantou ainda mais a emocionante final do I Campeonato de Fut7 dos Peladeiros da Ufopa e seus convidados.
Independiente e Racing, como não poderia deixar de ser, foi um jogo onde ambas as equipes iniciaram a partida um tanto quanto nervosas e cautelosas.
O Independiente, com alguns atletas ainda em recuperação de contusão ou de forte gripe, veio, ainda assim, quase completo, com:
Da esquerda para a direita, em pé: Ryvaldo, Ivanilson, Márcio Moda, Márcio Ro e Charles (goleiro); agachados: Valkir, Robson, Jabert e Júlio Heleno. E ainda, Tarelly e Bruno "Ai Ai" (não estão na foto).
O Racing, com todo o seu elenco, contou com: Jardel, John Lucas, Carlos Macarrão, Alex Cabral, Daniel, Flávio “Cheira” Nicareta, Josecley, Arysson, Gleidson, Rony, Jander e Wesley.
Dada a escalação de ambas as equipes, o Racing, apesar da cautela, tomou a iniciativa, indo para o ataque, tentando intimidar o Independiente. E já na saída de bola, Rony manda o primeiro chute pra cima de Charles. Um pouco mais nervoso, o Independiente não conseguia encontrar o belo futebol que apresentou na fase de classificação. E errando muitos passes, acabava promovendo algumas boas chances para o Racing. O Independiente, porém, tinha até aquele momento, o melhor goleiro do Campeonato. Charles estava intransponível, estava pegando tudo. Era chute de Rony, de Gleidson, de Macarrão e de Josecley, todos paravam nas mãos do Vascaíno Charles “Jardim”. Já o Independiente, tentava fazer ligações diretas, tentando deixar Bruno Ai Ai em condições de marcar um gol. E até que chegaram várias bolas para ele, que não conseguia amortecer com a eficiência necessária, perdendo a bola logo em seguida.
Do outro lado, Jardel, goleiro do Racing, nas poucas chances do Independiente, conseguia interceptar as bolas que iam em sua direção. E a bola mais perigosa para Jardel no primeiro tempo, foi já no finalzinho, e foi de Bruno, que pegou uma bola no meio de campo, deu um drible desconcertante em Alex Cabral e mandou a bola na trave, levantando sua torcida que soltou o grito... “Uuhh!”. E foi só, na primeira etapa. Jogo empatado, ficando a decisão para a etapa final do jogo.
A segunda etapa era onde as duas equipes pretendiam definir, fazer os gols para não precisar levar a decisão para as penalidades.
Aí, Ryvaldo resolveu chamar o jogo pra si, pois sabia que tinha qualidade pra isso. Bruno, nessa etapa, abusou dos “ais”, fazendo com que o cabeça gelada árbitro, Dias, não o levasse a sério a ponto de não marcar faltas que, de fato, ocorreram. Mas, o que faltou de gol para Bruno, sobraram em “ais”. Aos quatro minutos do segundo tempo, Bruno e Charles levaram cartão amarelo por reclamação de falta não marcada em cima do artilheiro do Independiente. O jogo tava quente e, no minuto seguinte, Charles, justificando a fama de melhor goleiro da Ufopa, faz uma defesaça num chute à queima-roupa de Rony Williams. Mas, aos dez minutos, Ryvaldo manda um chute nem tão forte assim, do meio de campo que Jardel, talvez, em sua única falha no jogo, não conseguiu segurar a bola. Gooool do Independiente. Parecia que o futebol do Independiente tinha voltado.
Agora, era só administrar, conversaram os atletas. Rapidamente, o Racing pediu tempo, com o intuito de dar uma esfriada no jogo e tentar se recompor. Nesse ínterim, Ronnie Dantas, o melhor locutor de Santarém, aproveitou para animar as duas torcidas que estavam em peso na arquibancada.
No retorno, o Independiente estava conseguindo até jogar melhor que o Racing, dominando a partida. Porém, faltando cinco minutos para o jogo terminar, Macarrão, sempre ele, recebendo um passe de Alex Cabral, dribla Tarelly e manda um balaço no canto que nem mesmo o melhor goleiro do campeonato conseguiu pegar, levando a torcida do Racing à loucura.
Aos dezoito minutos e trinta segundos, Tarelly, se redimindo da falha, manda uma bomba no canto direito de Jardel que, também, se redimindo de sua falha no gol do Independiente, faz uma grande defesa, agora com a mão firme. E na sequencia faz outra defesa e mais outra. Agora o Jardel já virou o herói do Racing. Grande goleiro, também é Jardel. Final de jogo, mais uma decisão que foi para os pênaltis. Aí, nobre leitor, aí era o momento dos goleiros, dos dois grandes goleiros, diga-se de passagem.
Definidos pelas equipes e árbitro da partida os batedores iniciais, o Racing ficou com a responsabilidade da primeira cobrança. Macarrão, com toda a confiança que caracteriza o bom jogador, foi para a bola arrumou e bateu. Aí, prevaleceu a experiência do goleiro Chales que, advinhando o canto, fez a defesa.
Bruno "Ai Ai" foi para a cobrança pelo Independiente, e com tranquilidade e categoria, marca. Primeira rodada, Independiente na frente, a sensação era de que o Independiente seria campeão. Mas, na segunda rodada, Gleidson converteu para o Racing e o maestro Júlio Heleno desperdiçou, empatando em um a um. E na terceira e última cobrança, ambos converteram, tanto Rony, quanto Márcio Moda.
Agora, era a alternância de um pênalti, se um errasse e o outro convertesse, este era o campeão. Joseclei bateu pelo Racing e converteu, com muita categoria.
Nesse momento, começou o drama do Independiente, porque os principais jogadores, aptos a fazerem as cobranças seguintes, por uma razão ou outra, ficaram um tanto quanto indecisos para bater, faltando, nesse momento, uma liderança para definir o atleta. Na falta dessa liderança, a provável última opção para a missão, se apresentou, Ivanilson foi para a bola, surpreendendo a todos e deixando o goleiro Charles apreensivo, gritando com o restante da equipe, já que todos achavam que Ryvaldo, Tarelly, Robson ou Jabert assumiria a responsabilidade.
E quando Ivanilson pegou a bola e arrumou na marca do pênalty para bater, um gaiato, da arquibancada, correndo para junto do alambrado, começou a gritar desesperadamente: “Esse não, esse não, esse não, borra, esse não baralho! Bate outro, bate outro!”. Tarde demais, ninguém conseguiu mais deter o cunhado do Jonnes. Só restava rezar para ele fazer o gol, dando mais uma chance para o time do Independiente. E o tal gaiato estava coberto de razão, pois Ivanilson, numa cobrança um tanto quanto displicente, mandou a bola lá no alto, longe da meta de Jardel, agora deixando Charles indignado com Ivanilson e com os outros atletas da equipe. Borra, Tarelly, Baralho, Ryvaldo. Por que vocês não bateram?
Já, da parte do Racing foi só felicidade, e grito de “É campeão, é campeão…”. Do lado do Independiente, ao contrário, uma certa tristeza por perder um Campeonato que estava “na mão”, já que saiu na frente no placar, na partida e nos pênaltis, sem contar que foi a equipe que apresentou o futebol mais bonito, mais elegante e que mais pontuou no campeonato. Lembrou, aos mais saudosos, a seleção brasileira de 1982. Somou 13 pontos, enquanto o Racing, com a vitória da decisão, somaria apenas 12 pontos.
Mas agora não adianta mais chorar o leite derramado. Racing Campeão, Independiente vice, Boca Juniors terceiro colocado e o River Plate, que prometia ser a sensação do Campeonato, ficou com a quarta colocação.
Você pode assistir à decisão na íntegra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2aJOB20bz5Y
Terminado o jogo, retratos das equipes e reportagens dos repórteres de campo, a sequência foi a premiação dos vencedores e dos atletas escolhidos como melhores do campeonato.
Foram premiados com troféu e medalhas a equipe campeã e a vice-campeã. E para abrilhantar ainda mais o Campeonato da Ufopa, os patrocinadores do Blog: Cris Presentes, Tom+Sports, Falcão Balanças e Automação e Feijoada da Olga, gentilmente, doaram alguns brindes com o objetivo de presentear alguns dos atores do evento, como: O melhor jogador, o melhor goleiro, o artilheiro e a torcedora mais assídua do campeonato.
E a premiação dos brindes começou pela torcedora mais assídua do campeonato, Izabela Mendonça de Assis, a Diretora de Acompanhamento Estudantil da Pró-Reitoria de Gestão Estudantil da Ufopa e esposa de ninguém menos que o atleta do Racing, agora tri-campeão, Carlos Macarrão. Em seguida, premiou-se Gleidson como o artilheiro do campeonato que, embora, tenha ficado empatado em número de gols com Bruno, dez cada, foi privilegiado por ter sido campeão. Na sequência, pela quarta vez consecutiva, Charles, do Independiente, foi premiado como o melhor goleiro do campeonato. E, por fim, com muita justiça, foi premiado como o melhor jogador do campeonato, o atleta também do Independiente, Ryvaldo, que não é um servidor da Ufopa, mas é, além de um excelente jogador, um parceiro da Universidade, sendo ele, inclusive, o treinador da seleção feminina de Handebol da Instituição. Estes atletas também receberam medalhas pelos referidos destaques.
Equipe do Racing, posando para fotografias, de posse das medalhar e troféu de campeão.Equipe do Independiente, que recebeu a premiação de segundo lugar das mãos da Pró-reitora da Progep, professora Fabriciana Vieira Guimarãees.
Na quinta-feira, dia dezoito de maio, o blog JD conversou com o Coordenador da CEL e goleiro da equipe do Boca Juniors, Jonnes Santos Farias Pedroso sobre este campeonato.
Pedroso é a maior referência do esporte dentro da Ufopa, pois atua, tanto como atleta, como na organização, desde quando a Ufopa ainda era um campus da UFPA, quando ainda era estudante e depois como servidor, já tendo, inclusive, treinado a atual Reitora da UFOPA naqueles tempos (como ela reiteradamente faz questão de enfatizar).
Em uma conversa franca, ele nos contou que, embora este não seja o primeiro campeonato que envolve servidores, este, especificamente, lhe trouxe muitas lições que servirão de base para a organização do próximo campeonato oficial, que, muito provavelmente, já será realizado nas dependências da Ufopa, uma vez que a construção do primeiro campo Society da Instituição está em pleno andamento ao lado do “Madeirão”, às margens do Rio Tapajós e com previsão de entrega para setembro deste ano.
JD: Que lição você tira desta competição específica, Jonnes?
Jonnes: Lição, não, Lições. Não apenas no sentido de organização de um evento esportivo, mas sobretudo no que se refere aos reais propósitos da brincadeira que é o entretenimento, a interação e o fortalecimento dos laços entre os participantes.
JD: Quais?
Jonnes: Pontos importantes, como a necessidade de uma divulgação mais ampla e com um tempo maior, permitindo que vários interessados se inscrevam, proporcionando um quantitativo razoável de atletas para cada elenco. Um outro ponto é a instituição de uma Comissão Neutra (em que seus integrantes não participem como atletas) envolvendo servidores da Progep, equipe de arbitragem, Coordenação de Esporte e Lazer e estudantes atletas para decidirem assuntos pertinentes à competição. E a elaboração conjunta de um regulamento mais elaborado e objetivo que possa deixar poucas lacunas e margens para interpretações divergentes.
JD: Por que razão?
Jonnes: Porque no decorrer de uma competição ocorrem intercorrências que podem afetar enormemente algumas das equipes, como viagens, lesões, problemas familiares, entre outras situações. E para o bem do campeonato sempre é importante que todos os times estejam com um elenco suficiente e competitivo. Além do que, é inviável que pessoas diretamente interessadas em um posicionamento, sejam delegadas a efetuar decisões importantes.
JD: O que a CEL está pensando para o próximo campeonato?
Jonnes: Algumas ideias estão sendo colocadas pelos colegas da Coordenação que vão desde a formação e os nomes das equipes até a estruturação da Coordenação dos Jogos, que nos parece ser muito razoáveis e iremos defendê-las numa reunião com os atletas-servidores que faremos em muito breve.
JD: Quais os exemplos de nomes para as equipes
Jonnes: Iremos defender que sejam nomes de locais ou prédios da Instituição, como “Madeirão”, “Patifão”, “RU”, e por aí vai.
JD: Mais alguma novidade?
Jonnes: Sim, mas nós já estamos elaborando uma minuta de regulamento e quando estiver pronta, convocaremos a comunidade acadêmica, nesse caso, os servidores, para expor e discutir cada ponto.
JD: Qual o balanço final do campeonato?
Jonnes: Mesmo com todos os contratempos, ainda considero que foi muito positivo, pois, a partir dele, obtivemos muitos aprendizados, corrigindo o que, possivelmente, incorremos em falhas. Foi um campeonato específico, não oficial da Instituição, no qual as equipes foram compostas tanto por servidores da Ufopa e os tradicionais parceiros (UEPA, IFPA e SEDUC), mas também, de outros colegas peladeiros, que custearam todas as despesas com arbitragem e troféus. Foi composto por apenas quatro equipes com os nomes de times argentinos, homenageando a seleção campeã da Copa do Mundo de 2022. Acredito que no geral, todos gostaram.
JD: Qual a mensagem que você deixaria?
Jonnes: Minha mensagem é de agradecimento a todos que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para o sucesso dessa competição. A cada atleta que tirou momentos de seu compromisso particular para se dedicar a essa grande brincadeira. Aos colegas que compareceram para prestigiar. Ao servidor Caio Rego pela excelente filmagem na última rodada. Ao locutor Ronievon Dantas que abrilhantou as partidas finais com uma narração marcante. E a este blog por imortalizar cada uma das rodadas através das crônicas esportivas sempre descontraídas e com conteúdo informativo de excelência.
JD: Dito isso, o blog JD agradece as palavras do coordenador da CEL e a todos os leitores, assim como aos colegas servidores da Ufopa e aos patrocinadores.
Flashes:
Equipe do Independiente, após a emocionante final que, infelizmente não saiu vendedora.
Comentários
Postar um comentário